28 abril 2015

Entre dias e outros.


Poucos dias atrás eu estava pensando em uma solução para tentar te esquecer de vez. “Aff, lá vem ele falar coisas sofridas outra vez”. Calma. Também não falo sobre coisas ruins o tempo todo, não é mesmo? Ou falo? Sei lá. Mais é que exatamente nesse dia eu joguei pra trás algumas folhas que estava escrito seu nome, e decidir de vez deixar o passado pra trás. Mas, foi entre dias e outros que eu percebi o quanto as coisas não são tão simples assim.

Entre dias e outros eu pegava meu celular e abria sua foto na tela e olhava disfarçadamente, meio que escondido de algumas pessoas, e ficava pensando no que você estaria fazendo naquele momento. Se estava pensando em mim, ou em outro. Se estava dormindo ou não. Com quem estava e sobre os assuntos que estaria conversando. Se estava sentindo a minha falta ou a falta de um outro alguém que já até sei quem seja. Ou se simplesmente estivesse assistindo algum programa favorito, sem ninguém por perto pra lhe fazer companhia, pra sentar do seu lado no sofá e puxar um assunto e perguntar sobre coisas que você desnecessariamente viria a responder.

Entre dias e outros eu chorei. Áhhh como chorei. Eu pedia perdão pra Deus pela vezes que eu te julgava mesmo sem ter culpa de nada. Pedia perdão também pelos erros cometidos e pelo estresse com pessoas que não tinha nada a ver com a minha dor. Na verdade, essa dor era eu mesmo que fazia acontecer. Se eu pensar bem, você é a única pessoa na terra que nunca me disse nada. Talvez a minha dor seja isso: o seu silêncio.

Entre dias e outros eu fiquei cheio de dúvidas, me precipite com certas atitudes em momento não favorável para aquela ocasião.  Não tive nenhuma outra alternativa. Eu sei que ás pessoas nem sempre são como a gente queria que fossem, e nem as suas atitudes são como os nossos pensamentos nos fazem acreditar que ela seria daquela maneira. Mais de uma coisa eu sei: as pessoas estão aqui para lhe surpreender e te ensinar a cada dia.

Entre dias e outros eu sorrir para disfarçar a saudade que eu sentia – e sinto até hoje – de você. Pensei em lhe enviar flores com um cartãozinho anônimo escrito com uma declaração que você iria logo de cara saber que eu era Entre dias e outros eu não queria acreditar em distância, no que as pessoas estavam achando de mim, e muito menos pro que elas viriam a dizer ao nosso respeito. Calma ai? Nosso? Isso, nosso. Porque mesmo sem a sua presença eu tenho essa mania de sempre lhe colocar no meio de tudo. Costumo também fazer planos pro futuro, casar, ter filhos, morar na capital num apartamento bem confortável, ter uma vida acessível,  e... lembro que isso é sempre uma perda de tempo.


Mais são nesses dias e outros que eu vou levando a vida devagar. Vou conhecendo pessoas novas, me adaptando com uma nova vida que estou tendo, me comportando da melhor maneira possível com as pessoas, sem precisar despejar os meus problemas em cima delas, e... é isso. Entre dias  outros as aprendizagem são maiores e a vida vai ficando cada vez mais interessante. Quem sabe se em algum desses dias eu não lhe substituo? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pela sua visita e também por compartilhar os posts do blog. Obrigado por deixar suas opiniões e claro, volte sempre.